[Resenha] A Peste

12/28/2017


Livro: A Peste
Autor: Albert Camus
Páginas: 287
Ano: 2017
Comprar: Físico

Sinopse: De um dos mais importantes e representativos autores do século XX e Prêmio Nobel de Literatura.
Romance que destaca a mudança na vida da cidade de Orã, na Argélia, depois que ela é atingida por uma terrível peste, transmitida por ratos, que dizima a população. É inegável a dimensão política deste livro, um dos mais lidos do pós-guerra, uma vez que a cidade assolada pela epidemia lembra a ocupação nazista na França durante a Segunda Guerra Mundial. A peste é uma obra de resistência em todos os sentidos da palavra. Narrado do ponto de vista de um médico envolvido nos esforços para conter a doença, o texto de Albert Camus ressalta a solidariedade, a solidão, a morte e outros temas fundamentais para a compreensão dos dilemas do homem moderno.

Ler A Peste é se deparar com mais uma narrativa filosófica e reflexiva proposta por Camus. A história desse livro se passará em Orã, uma cidade como outra qualquer, que segue sua rotina sem surpresas até que um dia, o Dr. Bernard Rieux, irá perceber que estão aparecendo muitos ratos, mortos ou vivos, e paralelo a isso pessoas estão adoecendo e tornando a cidade um caos, uma doença até então desconhecida que trará mortes e tristezas. A Peste Bubônica.

"Entretanto e o mais importante é que, por mais dolorosas que fosse essas angústias, por mais pesado que estivesse esse coração, apesar do vazio, pode-se dizer efetivamente que esses exilados, na primeira fase da peste, foram privilegiados."

Refletiremos sobre medo, dor, morte, compaixão, solidariedade, questões de ordem existencial.
Esse livro foi interpretado por críticos como uma alegoria ao nazismo. E perceberemos durante a leitura referências a ditadura.

"Enquanto a peste, pela imparcialidade eficaz com que exercia seu ministério, deveria ter reforçado a igualdade entre nossos concidadões pelo jogo normal dos egoísmos, ao contrário, tornava mais acentuado no coração dos homens o sentimento de injustiça. Restava, é bem verdade, a igualdade irrepreensível da morte, mas essa ninguém queria."

Um romance de cunho político com uma escrita leve, sarcástica e envolvente.

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